

ARTIGO O CÉREBRO E AS GUERRAS
Edmundo Arruda e Marcos de Noronha
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Introdução
Adolf Hitler foi um dos líderes mais atrozes que o mundo pode conhecer, amado e odiado, mesmo apresentando um comportamento bizarro, idéias delirantes de grandeza, obsessão pelos judeus e acessos de raiva e violência severos. Porém, sua articulação publicitária e sua precaução tentando esconder os esteriótipos que pudessem comprometer sua imagem o mantiveram no pedestal do “salvador da pátria”, para contemplação dos cidadãos alemães, muitos deles vidrados na figura de seu líder poderoso e que para alguns, "meu malvado favorito”. Num passado, não muito distante, as grandes mídias tinham o controle das notícias, como aconteceu na época de Hitler, que com seu partido usou esta estratégia de acensão ao poder, mas atualmente o cenário é completamente diferentes com a concorrência do mundo digital.
A história da humanidade mostra-nos, repetidamente, ações de estadistas e autoridades recorrendo a guerras a partir de pequenos conflitos. Por outro lado, a história também mostra a massa hipo-crítica, diante de seus líderes, mesmo quando estes demonstrando sinais psicopatológicos parecem estar levando a sociedade para um caminho incerto. Por exemplo, se o ex-presidente do Brasil, conhecido como Lula, envolvido nos escândalos de desvio de dinheiro público voltar a se candidatar a presidência, quem votaria nele? Qual o posicionamento do eleitor deveria prevalecer para que aceitasse o candidato como uma boa opção a ser eleita? Inocência do acusado, que não sabia de nada, ou talvez, não houve corrupção em seu governo ; sabia de tudo, mas cometeu os deslizes para o bem do país. Mesmo diante de evidências contra nosso escolhido temos uma tendência em querer acreditar. O público no decorrer de sua história, por diversas vezes busca encontrar o salvador da pátria e idolatra o outro, apaixonadamente e as cegas. Em alguns pequenos conflitos, as consequências parecem desproporcionais às razões que os desencadearam. Estas razões e os sistemas de crenças das pessoas envolvidas guardam uma distância considerável da realidade sensível, e as ações se mantêm à custa de um propósito que denuncia os interesses pessoais dos protagonistas, realçando a contradição de seu propósito social anunciado e os sérios e irreversíveis prejuízos a sociedade. Ou seja, Nero, Hitler, Putin, dentre outros, só estariam pensando em si, ao invés do propósito anunciado.
Hitler foi feliz quando promoveu que os alemães devessem amar a pátria e odiar os judeus, num continente onde diversos Estados e por longa data, já perseguiam este povo. A família de Baruk Espinosa, por exemplo, um conhecido pensador, era composta por judeus ativos e viveu bem antes da existência de Hitler. Esta família teve que deixar Portugal para se refugiar na Holanda, país mais tolerante com esta religião, onde os judeus eram menos estigmatizados. Hoje na Rússia em tempos de conflito, qualquer um pode ser condenado simplesmente por chamar de "guerra" a ação militar sobre a Ucrânia, ou pegar 15 anos de prisão, por ajudar um ucraniano, qualquer que seja ele. Neste momento, na Rússia, a população só tem acesso a propaganda do governo, pois foram bloqueadas todas as redes de notícia na web. O russo em seu território só pode ter contato com aquilo que seu governo quer que ele saiba. As notícias são direcionadas a manterem o apoio da população ao presidente Putin e reconhecerem que houve traição dos vizinhos, os ucranianos. Estes, por sua vez, consideram que estavam apenas tentando ser livres e tentando se aproximar da Europa, simpática aos americanos, no pleno direito de exercerem sua autonomia.
Entretanto, mesmo diante de um conflito pontual, como este entre a Rússia e a Ucrânia, consequências bélicas em escalada mundial é sempre uma hipótese a ser considerada, pois como foi dito, costumam ser desproporcionais às razões que as desencadearam. Nesse pano de fundo as razões implicadas naquelas tensões conflitivas e os sistemas de crenças das pessoas envolvidas guardam uma distância considerável entre realidade sensível dos comuns e seus entornos. Eis o palco para as ações mais amplas das elites envolvidas nas corporações: interesses e disputas pessoais. Costumamos encontrar muitas assimetrias entre discursos do poder e poder real em jogo. No fundo elas se mantêm às custas de propósitos escusos ou silenciados que elidem interesses pessoais dos protagonistas mais explícitos (o Estado ou dado governo, por exemplo) e de pequenos grupos, a despeito das motivações mais estruturais, políticas econômicas e culturais. Vendo sob esse prisma, potencializa-se a contradição de seus objetivos sociais anunciados e os sérios e irreversíveis prejuízos à sociedade causados pela intervenção de personagens que protagonizam os eventos que eles mesmos ajudam a antagonizar. Para complicar, no bojo desse processo social altamente contraditório as partes envolvidas empreendem uma guerrilha de narrativas, como veremos mais adiante, confundindo ainda mais os envolvidos e os espectadores dessa dramática situação conflitiva.
LANÇAMENTO
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Galeria da ABE
por Marcos de Noronha
Cenas captadas para a Associação Brasileira de Psiquiatria Cultural
A psicóloga Ângela Vanessa, a artista plastica Beth Bittencourt e o psiquiatra Marcos de Noronha recebendo troféus personalizados de agradecimentos pela semana de Loucos por Arte.




O quase psicólogo Thiago, em formação pela CESUSC e estagiário de Terapia Social, mostrou grande sensibilidade e comprometimento recebendo um troféu também personalizado em nome dos profissionais que colaboraram em destaque a estudante Cláudia e Maria Luiza.

Ester, que fez de seus Artesanatos objeto de homenagem à Simone e Beth, fez também um buraco na estrada de Garopaba para Florianópolis, com seu apaixonado motorista. Segurou o troféu personalizado que poderia ser para a Tereza, Maria Isabel e os apoiadores incansáveis da semana.


A psicóloga Ângela Vanessa e Beth Bittencourt realizaram a oficina de pintura para crianças.

Tony Alano e Kátita Reinsch trouxeram Dona Bibia Bernunceia no Teatro de Bonecos. Criaram um cenário e improvisaram com as luzes cedidas pela dupla Mayk & Rey. A platéia ria e pediram mais.


“Eu e o barro, substância da terra e nada mais” conduzido por Marilena Gonçalves foi um dos momentos mágicos que ocorreu no domingo, antes da cerimônia de encerramento. O tempo desapareceu para os participantes que sujaram as mãos e limparam a alma na atividade.



